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Gás natural: Factura das famílias desce 4,1 por cento - ERSE
Lisboa, Portugal 15/04/2009 17:07 (LUSA) Temas: Economia, Negócios e Finanças, Energia, Economia (geral) Lisboa, 15 Abr (Lusa) - Os preços do gás natural para as consumidores domésticos vão baixar na média nacional 4,1 por cento a partir de 01 de Julho, segundo com uma proposta que a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) hoje apresentou. A redução varia entre 2,8 por cento para os clientes da EDPgás e a os 5,3 por cento para os clientes da Setgás e Sonorgás. As reduções propostas pela ERSE dizem respeito apenas aos clientes de gás natural com consumos anuais inferiores a 10.000 m3, ou seja, os consumidores domésticos. As tarifas dos grandes consumidores e consumidores industriais têm uma variação trimestral, sendo que na última, anunciada em finais de Março, registou-se uma quebra de 12,4 por cento. De acordo com a proposta da ERSE, que será submetida ao parecer do Conselho Tarifário, os clientes com as menores reduções são os da EDPgás, no Porto (-2,8 por cento), da Beiragás, na Beira Interior (-3,1 por cento), os da Paxgás, em Beja, (-3,6 por cento) e os da Medigás, Algarve, (-3,6 por cento). Os consumidores domésticos com as maiores descidas nas tarifas serão os do Vale do Tejo, através da Tagusgás (-4,0 por cento), os da Lusitaniagás (Centro litoral), Duriensegás (na região do Douro) e Dianagás (Évora), todos com -4,1 por cento, os da Lisboagás (-4,5 por cento) e os da Setgás (Setúbal e Margem sul do Tejo) e Sonorgás (Régua), com 5,3 por cento. Entre estas 11 redes de distribuição as que têm maior número de clientes são a Lisboagás (486 mil clientes), Portgás/EDPgás (200 mil) e Lusitaniagás (178 mil clientes) e as que têm menos consumidores são a Paxgás (3.100 mil clientes), a Dianagás (5.400 mil clientes) e a Sonorgás (9.600 clientes). De acordo com a ERSE, a variação das tarifas "é diferenciada por região, o que representa um contributo significativo no sentido da promoção da uniformidade tarifária em todo o território nacional, através da aplicação de reduções mais acentuadas nas regiões com preços mais elevados". No ano passado, num esforço de harmonização gradual dos preços, a ERSE adoptou maiores variações no litoral (onde os custos de transporte de gás natural são menores) do que no interior do país (onde fazer chegar gás é mais caro). "No ano passado quando fixámos as tarifas ficámos já muito próximo da universalidade tarifária [tal como existe na electricidade]. No primeiro ano [de regulação da ERSE] é que foi a grande variação, este ano estamos a afinar o processo", disse à Lusa o presidente da entidade, Vítor Santos. "Para alguns escalões, nomeadamente o 1 e o 2 (casais com e sem filhos), as tarifas já são tendencialmente iguais no território nacional", acrescentou. Com as tarifas agora propostas, a tarifa média de um cliente do escalão 1 (casal sem filhos, gastos até 150 m3 de gás) na Lisboagás é de 10,95 euros (a média mais barata do país e uma redução de 5,2 por cento face a 2008) enquanto a média mais cara é da Beiragás, com 11,65 euros (uma descida de 4,6 por cento). Nas tarifas médias do escalão 2 (casal com filhos e gastos até 320 m3) a mais cara do país é que pagam os clientes de Setúbal (Setgás), com uma tarifa de 21,64 euros (uma redução de 6,7 por cento face a 2008), e as mais baratas são as Medigás (algumas zonas do Algarve) e Paxgás (Alentejo), ambas com 19,90 euros (reduções de 10,0 e 10,1 por cento respectivamente). Estes dois escalões (1 e 2) representam 86,3 por cento dos cerca de 1,12 milhões de consumidores domésticos de gás natural, de acordo com dados da ERSE. As tarifas actuais apresentam preços diferenciados em resultado das condições inicialmente estabelecidas em cada um dos contratos de concessão e em horizontes temporais também distintos. Estas novas tarifas vigorarão de 1 de Julho próximo até 30 de Junho de 2010. NVI. |
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